segunda-feira, 5 de julho de 2010

LUIS ÁQUILA - Rodney Marques


"Precursor do novo informalismo brasileiro, apontado como o ‘pai da geração 80’, Luiz Aquila não dilui sua pintura em modismos internacionais ou cacoetes geracionais, nem é matriz para ninguém. O que ele ensinou não foi um conjunto de macetes, ele defendeu uma atitude diante da pintura. O que ele defendeu, com unhas e dentes, ou melhor com tintas e pincéis, foram os próprios valores plásticos, aquilo que é permanente na pintura, não importa sua data ou localização geográfica. Aquila é, hoje, o herói de sua própria pintura"Frederico Morais MORAIS, Frederico. Luiz Aquila por toda a cidade : catálogo. Rio de Janeiro RJ, 1985.
Quando Luiz Aquila começou a definir a sua pintura, no início dos anos 70, o olhar brasileiro já perdera a referência de cultivar uma pintura de qualidade, onde não é o primeiro impacto visual que conta, onde é preciso descobrir a grafia e a qualidade da pincelada, da matéria e da textura do quadro. É que na época, a grande maioria da produção brasileira navegava em outras direções. Aquila manteve-se fiel a telas muito elaboradas, mas bastante emocionais, seu ponto de partida é sempre introspectivo e mesmo que o espaço seja bem definido, as pinceladas são livres e soltas. Tal coerência e sua atividade didática fizeram com que ele se transformasse num pólo de referência para uma geração de jovens que desejava voltar a descobrir a qualidade da pintura".

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